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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Docência universitária com profissionalismo

Nilson da Silva Martins

Não tenho a pretensão de discutir, em tão pouco tempo, a relação entre responsabilidade X profissionalismo na docência superior, mas espero contribuir para uma reflexão a partir do que afirma o autor do texto que discute o amadurecimento e a evolução das universidades no Brasil, tanto no que concerne ao desenvolvimento primordial de sua proposta inicial – formar pessoas completas: sociáveis, capazes de exercer um pensamento crítico e inovador de toda uma necessidade social – quanto ao que parece, do ponto de vista real, a formação daquele que incita, motiva, exercita o nascer da ciência em toda a sua prática: o professor, aquele que media a informação, que até então nada mais é que o objeto de estudo e logo formará conhecimento no indivíduo.
Para isso, o autor aponta aspectos relevantes de transformações que considera ter impregnado as mudanças no ensino superior e, até os dias atuais, vêm levantando bandeiras que evoluem e revolucionam o ensino.
Além do mais, propõe como parte indissociável do professor, a construção de habilidades e competências que proporcionarão maior eficácia no processo de relação professor-aluno, aluno-aluno e no ensino-aprendizagem.
Masseto faz alusão a etapas importantes nessas mudanças como a construção do conhecimento, o sujeito que passa de mero receptor de informações ao agente ativo de construção do conhecimento que entende seu papel dentro da sociedade da qual faz parte e atua sobre ela. Da superação da formação meramente cognitiva..., empírica..., a uma formação que leva o aluno ao desenvolvimento de suas potencialidades, habilidades, competências, um ser atuante que assume responsabilidades como um cidadão de visões não de adequações mas, principalmente, de mudanças emergentes e necessárias.
O notório nascimento da Universidade de São Paulo (USP), na década de 1930, com a visão científica de integração das diferentes áreas do saber e dos conhecimentos, e a produção de pesquisas por parte dos docentes e alunos, torna mais evidente e sensato que as universidades têm papel muito mais universais do que formar apenas profissionais técnicos para atuar no mercado de trabalho como simples reprodutores do pensamento humano, têm o papel de formar o pesquisador, o cidadão e o profissional, isso tudo por meio dessa integralização dos conhecimentos e construção da ciência. A partir desse entendimento o aluno passa então a ingressar não tão somente na universidade, como universitário, mas como aquele que a partir de então passa a compor uma sociedade de integração de sociedades: o universitário no sentido pleno da palavra.
O autor também faz lembrar que todo esse arcabouço de formação curricular já implantado nas universidades sofre um grande desmonte ainda na década de 30, forçado por motivos da desestrutura social que se começava a viver nessa época. Isso leva o trabalho dos professores universitários a uma sutileza em continuar formando o cidadão por completo nas universidades mesmo ante à opressão e desatinos. Contudo, o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento das habilidades e potencialidades não deixaram de ocorrer e, em 1968, a Lei 5.540 firma o sustentáculo de que o ensino superior precisava – apesar de que já era incentivado mesmo antes – o desenvolvimento das atividades de pesquisa no ensino superior, do ensino com pesquisa, do ensino por projetos e da introdução das tecnologias de informação e comunicação como formas de estudo e aprendizagem.
Na visão de Masseto, mesmo com a iniciação de tais mudanças, ainda encontram-se, nas universidades, muitos professores como meros transmissores, detentores de um diploma que os sustentam econômica e financeiramente, apesar de que, no ensino superior, se deva dar a devida relevância às ações do aluno para que este internalize em si o que se propõe: construa o conhecimento. Assim também, ressalta a importância da co-participação entre professor e aluno, a relação que se afina com a realização de pesquisas, projetos, eventos formadores da ciência que elevam o aluno ao posto de sujeito de transformação e construção da sociedade.
Para tanto, não se pode o docente do ensino superior se furtar a uma exigência que se faz deste quanto à competência em determinada área de conhecimento específico realizado através de pesquisa. Para o autor, a elaboração e a produção de trabalhos de cunho científico não só contribuem para o crescimento do saber como também estimula os alunos a envolverem-se cada vez mais no campo da pesquisa.
O docente, por sua vez, não só se relacionará, estimulará a participação e a realização, e produzirá o conhecimento como, para isso, tem a suprema necessidade de domínio na área pedagógica. Precisa bem mais que se preocupar com que seus alunos aprendam conhecimentos mas, principalmente, desenvolvam habilidades humanas e profissionais e de seus valores de profissionais e cidadãos comprometidos com os problemas e a evolução de sua sociedade.
Nessa questão, fica ainda melhor fundamentado a preocupação do currículo quanto a formação desse aluno.
Para Masseto:

“É importante que o professor desenvolva uma atitude de parceria e co-responsabilidade com os alunos planejando o curso juntos, usando técnicas em sala de aula que facilitem a participação e considerando os seus alunos adultos que podem se co-responsabilizar por seu período de formação profissional.” (MASSETO,2003:30)

Faz-se necessário também ressaltar que, mesmo assumindo o papel de imparcialidade para que se produza ciência, o autor afirma ser o docente universitário um ser político, atuante dessa mesma sociedade, ligado diretamente a raízes, costumes, uma cultura a qual estará sempre intrínseca em si. Não deixa de ser o cidadão, alguém compromissado com seu tempo, sua civilização e sua comunidade, e isso não se desprega de sua pele no instante em que entra em sala de aula.
Percebe-se então, diante do que fora abordado, não se faz docência sem que se assuma a docência com responsabilidade e, para que isso ocorra, é necessário repensar tanto quanto possível a formação de competências como parte de excelência viva no professor. Uma reflexão constante para um desenvolvimento infinito.
Masseto acredita que tal responsabilidade se pode assumir desde que, observe-se tais competências aqui citadas como fundamental aos professores para o exercício com profissionalismo de sua atividade docente.



Referência Bibliográfica

MASSETO, M. Tarcísio. Necessidade e atualidade do debate sobre a competência pedagógica e docência universitária. In: _____. Competência pedagógica do Professor universitário. São Paulo: Summus, 2003, pp. 19-33.

domingo, 16 de janeiro de 2011

LABIRINTO MATEMÁTICO


Olá professor(a), se você é um daqueles muitos que não aceita inovar para melhorar sua metodologia de trabalho e acredita que aprender é uma questão só de vontade, é bom parar por aqui. Mas, se ousar, é para você, tão necessário quanto acreditar no incerto, posicione-se em sua cadeira e vamos lá...
Não quero ser presunçoso em afirmar que esta proposta é solução para seus problemas de ensinar matemática, mas posso garantir que o resultado é inevitável se aplicado dentro de um ambiente propício ao que se objetiva.
E por falar em objetivo, vamos generalizar um para nortear o que se propõe. Só um lembrete: os objetivos se especificam de acordo com os conteúdos que se pretende trabalhar.
Objetivo geral: Eliminar dificuldades quanto ao entendimento do raciocínio lógico matemático bem como desenvolver aptidões e habilidades para a prática cotidiana de modo a desmistificar o processo de ensino-aprendizagem.
Metodologia: é bom relacionarmos aqui nossos interesses, pois esta proposta é extremamente adaptável a qualquer outra proposta de cunho pedagógico. Por isso, quero propor utilizarmos um conteúdo simples de Equação do 1º grau. Então...
                - É construído um labirinto com o material disponível com uma área de pelo menos 20m2;
                - O número de participantes por vez é determinado por você, professor;
                - Os participantes inciarão o percurso e deverão chegar ao final com o maior número possível de respostas corretas;
                - Em todos os compartimentos do Labirinto Matemático haverá desde questões simples de equações a problemas com um nível maior de complexidade;
                - Não poderá conter duplicidade de questões nem respostas, pois o professor deverá saber em que compartimento do Labirinto estava a questão da qual o aluno retirou a resposta;
                - Uma segunda proposta metodológica é que o aluno traga anotado, de dentro do Labirinto, as respostas das equações encontradas no percurso;
                - Por fim, o professor avaliará o tempo e respostas corretas que o aluno apresentar.

Boas Vindas

Olá,
somos um grupo de docentes empenhados no dinamismo de uma boa prática docente. Ter você como usuário deste blog, independentemente de seus interesses, é para nós, uma grande satisfação, uma vez que partilhar experiências edifica o ser e aprimora o intelecto.
Portanto, seja bem vindo(a) e...
vamos ao topo!!